sexta-feira, junho 30, 2006

Às vezes é necessário desligar o botão antes que a bomba estoire! Às vezes é preciso fugir para não assistir ao desmoronamento de um sonho, de um ideal ou apenas de um esperança. Às vezes só é preciso ir de férias! Eu vou!

quinta-feira, junho 29, 2006

Refrescas a pele entre banhos de espuma e duches revigorantes com cremes ultra-hidratantes e rejuvenscedores. Depois exfoliantes, pedras-pomes e outras artilharias similares. Só não limpas a alma! Para essa ainda não há produto que te valha!

segunda-feira, junho 26, 2006

E depois ele desligou o telefone e eu fiquei vazia. Nunca pensara numa hipótese remota sequer de receber uma herança - era feliz com o pouco que tinha embora sempre tivesse aspirado a ter mais. Agora parece que tinha qualquer coisa. Nem me apercebi bem do que era... ele tinha marcado uma reunião aqui em Lisboa, no seu escritório e eu lá estaria, pontualmente às 10h30 da próxima 6ª feira. Tinha muitas dúvidas, mas uma sobrepunha-se a todas as outras: o que iria vestir naquela ocasião?

quinta-feira, junho 22, 2006

Ergue-se um braço em sinal de vitória e parece o bastante para que todos acreditem nela. Tudo depende da forma como se ergue o braço. Às vezes pode dar asneira!

quarta-feira, junho 21, 2006

Sofreguidão. Calma. Meio termo que não se alcança. As almas posicionadas em extremos e os corpos desajeitados resgatando a liberdade.

terça-feira, junho 13, 2006

Da massa lúcida do teu corpo recebo a luz que me faz caminhar este caminho distante que não chega a nenhum lugar.

domingo, junho 11, 2006

Um som abafado. Quase como um lamento, mas estranhamente feliz. Saudades de uma casa que raramente foi sua. Ao longe, sente-se mais - acaba por confessar. Acaba por juntar-se à multidão e entregar-se a uma folia que jamais pensou ser sua. Estar mais perto dos outros fá-lo estar mais longe de si. E isso é bom!

quarta-feira, junho 07, 2006

Demasiada utilização da primeira pessoa do singular determina egoísmo. Devia ter calculado desde o início. Agora, o teclado parecia rodopiar debaixo dos meus dedos e já não conseguia encontrar as palavras para escrever o poema que lhe tinha prometido. Ela esperava, impaciente, sentada na cadeira ao meu lado como se escrever fosse um acto mecanizado. Sentia-me observado, a sobrancelha subida e arqueada, as minhas mãos a indiciar uma humidade nervosa, a vontade de voltar com o tempo atrás e munca ter engatado esta desequilibrada!
Não podia. Afinal, a noite tinha sido quente e as próximas prometiam ainda mais exercício físico ao estilo ginástica acrobática... vendia-me por sexo? Não passava de um... um Homem, que raio!
5 minutos depois, o poema estava escrito. 10 minutos depois... e depois, fumámos tranquilamente mais um cigarro!

terça-feira, junho 06, 2006

- Como sabias que estava a pensar nisso?! A eterna dádiva!
- Eu depois telefono-te! - Depois de quê?... A eterna dúvida...
-Amo-te!
-Eu também!
A eterna dívida...

segunda-feira, junho 05, 2006

Abrir aquela porta era tarefa máscula. Não havia nenhum especimen por perto pelo que se decidiu a enfrentar a tarefa sozinha. Precisava de entrar no quarto das recordações. Não tinha como. Atirou-se à porta com a ferocidade de quem salva uma vida. Magoou o ombro. Sabia que havia de encontrar várias respostas atrás daquela parede. Sabia que seguiria com a sua vida assim que remexesse os papéis, as fotografias e os cheiros... Lembrou-se, então, de todo o sofrimento que havia causado e decidiu focalizar toda a sua raiva por si num pontapé bem centrado, bem ao lado da fechadura - nada!
Afinal, os homens serviam para alguma coisa - aquele homem em particular levara-lhe a chave. Poderia devolvê-la se ela lho pedisse, mas ela não conseguia passar por isso. Preferiu exorcizar-se de outras formas mantendo a porta fechada.
Para sempre!?

sexta-feira, junho 02, 2006

Quando descobriu a fórmula para um pretensa felicidade repetiu-a até à exaustão. Cansou-se e procurou outra. Não a encontrou. Resignou-se. Partiu. Chega hoje de uma viagem que fez por caminhos tortuosos dentro de si. Está curado. Resolveu regressar ao ponto de partida e começar de novo. Aqui vai ser feliz!