Naquele sítio tudo se dividia entre os manipuláveis e os não manipuláveis. A primeira secção era tida como a das boas pessoas, sempre disponíveis e prontas para fazer tudo o que lhes era pedido, mesmo que fosse um absurdo qualquer como ir regar o jardim à meia-noite. Estavam, ainda, dispostos a deitarem-se no chão e rebolar caso o manageiro sentisse vontade de se divertir um bocadinho. Eram um porreiraços, uns tipos muito fixes com quem se podia contar sempre!
A segunda secção era a dos arrogantes, dos empregados com ambição de chegarem a algum lado. Pessoas cheias de manias e refilonas que nunca se calavam - nem à ameaça de uma chibatadas! Eram uns chatos, uns importantes que só não eram despedidos porque havia o sindicato sempre de olho neles. Davam mau ambiente à herdade... punham-se à parte... uma praga difícil de dizimar.
Esta é uma história verdadeira. Não a conheces?
4 Comments:
Mais uma vez, a tua maneira muito particular de ver as coisas.
Uma empresa (ou um grupo humano muito mais vasto, talvez a humanidade) descrita como uma propriedade agrícola.
Uma visão marxista-lelinista, creio.
Beijinhos
talvez...mas um marxismo - leninismo com laivos de ironia...
Primeiro, corrijo lelinista para leninista...ah ah
Segundo, eu sou bruxo!!!! (além de louco) eh eh
Terceiro, obrigado pela informação acerca de Santa Cruz.
Beijinhos
Não conheço essa história.
Mas conheço outras exactamente iguais. Por todo o lado. Continua tudo na mesma. Até as quintas continuam. Os senhores vão mudando, é certo, mas os manipuláveis são cada vez em maior número. E os desempregados...
Beijinhos.
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