Ficávamos ali sentados. O sol a recolher, o vento a cheirar-nos a pele, as ondas a ameaçarem um banho indesejado. Era até ao limite... a maré a subir e nós a desafiarmos a Natureza: não podemos sair daqui! A areia colava-se às botas e estávamos sozinhos: ninguém vem para a praia em Dezembro! A Fortaleza a aconchegar-nos. Nada mais existia. Nem as palavras que cortavam o marulhar ritmado. Eram poucas, as palavras... às vezes, fazíamos amor. Mesmo ali. Quando levavas a mantinha de xadrês, eu já sabia como ia acabar aquele pôr-do-sol... sentia-me adolescente outra vez e era tão bom!
Sabes, há dias levei lá a nossa menina, mostrei-lhe o nosso cantinho, contei-lhe como ficávamos ali... Ela percebeu que nos amamos, ainda hoje e apesar da distância. Volta depressa, meu amor! Precisamos de ti!
4 Comments:
Estas, pelos vistos, eram boas!;)
Muito intimista.
Não comento.
Beijinhos
Estes textos são lindos... confuso é saber de onde surgem?
Por vezes parecem momentos que não esqueci! Ou outros que podes estar agora a viver! ouentão é tudo ficção e estou a ser tótó!!
Beijocas
Meat loaf
@antónio: é só uma história, intimista apenas para as personagens!
@meat: é natural que te revejas em algumas coisas, trago coisas minhas para estes textos, mas apenas na forma...o conteúdo é, normalmente, ficção!
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