Saiu. Naquela noite tinha que dançar. Não encontrou companhia e arriscou, pela primeira vez, ir sozinha. Não iria ao sítio do costume por vergonha, mas decidira que acabaria lá a noite desse por onde desse! Procurou um local agitado e com muita gente. Encontrou. Fundiu-se na multidão entre cubas livres e mojitos. Provaria que ainda era uma mulher apetecível e segura. Os convites para dançar sucederam-se. Declinou, simpaticamente, todos. Bastava-se a si própria. Ela e o copo!
Na hora limite sorriu ao rosto mais próximo. Convidou-o a ir a outro sítio - ao do costume e ele acedeu. Já pouco dançaram, mal falaram, apenas o corpo a balançar monotonamente a um ritmo pouco perceptível.
Acabou a noite num quarto pequeno e abafado. Fugiu assim que pode. Meteu-se no carro. Jurou que não repetiria a façanha. Mas repetiu. Saía às escondidas dos amigos. Procurava sítios e rostos novos. Perdia-se... Encontrou-se na noite em que se apaixonou. Nunca mais voltou a fazer o mesmo. Nem sente saudades.
3 Comments:
Dançou... para gastar energias acumuladas e acabou por encontrar o amor.
Gostei!!!
Eu diria:
De "blind date" em "blind date" até ao "love date".
Muito interessante esta tua história.
Obrigado pela visita.
Mas eu não vou matar o Zé. Se ele morrer é de morte natural...ah ah ah
Beijinhos
Ainda Bem!!! Ainda dizem que a paixão só faz mal..
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