quinta-feira, março 30, 2006

do trabalho

Há uma adrenalina que primeiro se estranha e depois se entranha! (onde é que eu já li isto?)

terça-feira, março 28, 2006

Naquele sítio tudo se dividia entre os manipuláveis e os não manipuláveis. A primeira secção era tida como a das boas pessoas, sempre disponíveis e prontas para fazer tudo o que lhes era pedido, mesmo que fosse um absurdo qualquer como ir regar o jardim à meia-noite. Estavam, ainda, dispostos a deitarem-se no chão e rebolar caso o manageiro sentisse vontade de se divertir um bocadinho. Eram um porreiraços, uns tipos muito fixes com quem se podia contar sempre!
A segunda secção era a dos arrogantes, dos empregados com ambição de chegarem a algum lado. Pessoas cheias de manias e refilonas que nunca se calavam - nem à ameaça de uma chibatadas! Eram uns chatos, uns importantes que só não eram despedidos porque havia o sindicato sempre de olho neles. Davam mau ambiente à herdade... punham-se à parte... uma praga difícil de dizimar.
Esta é uma história verdadeira. Não a conheces?

segunda-feira, março 27, 2006

Estávamos sentados em silêncio. Estava escuro. Éramos muitos. Ao primeiro acorde iniciámos a viagem que nos levaria longe. Cada canção era uma paragem - uma analepse estranha... Podíamos estar nos anos 70 e entrar em 2006 como se o tempo não tivesse passado. Podíamos sonhar com gaivotas a rondar as nossas cabeças quietas e podíamos sentir a repressiva escuridão nos ombros que se contraíam.
Havia também uma voz: ora doce e suave, ora perturbadora e fria. Era o nosso guia.
Entre várias estações e apeadeiros, os sons intercruzavam-se e os ritmos faziam-nos mover o corpo nas cadeiras. Não se podia ficar indiferente.
Ao anúncio de chegada recompusemo-nos e saímos ordeiramente. Mas aqueles minutos são nossos...serão nossos...para sempre!

sexta-feira, março 24, 2006

Passo apressado e fortemente batido no chão. Um ritmo descompassado. Uma afirmação estúpida de um poder que não existe. Se soubesses como o mundo é! Se tivesses a noção de que nada somos, nada representamos. Chegamos aqui e partimos rapidamente.
A arrogância dos pobres de espírito devia pagar imposto...

quarta-feira, março 22, 2006

É tão emocionante reencontrar um amigo como, no dia seguinte, perder outro! Emoções diferentes...mas emoções!

quinta-feira, março 16, 2006

Se era capaz de assaltar um banco? Claro que sim! Por que não?

terça-feira, março 14, 2006

Não sei para onde vou. Só sei que a próxima luz que vir quero ser eu a acendê-la!

sábado, março 11, 2006

Mostra-me as tuas mãos. Sei que não tens nada dentro delas. Sei que procuras enchê-las com sonhos. Quase realidades. Abre-as a quem te pedir ajuda. Abre-as para pedir ajuda. Abre-as. Só. Procura nelas as respostas certas. Vais encontrá-las. Podem ser só mãos. Mas são muito mais do que isso. Vê bem!

quinta-feira, março 09, 2006

Como um ritual. Tira a caixa. Tira o cd da caixa. Coloca-o no leitor e ouve-o. Todos os dias à mesma hora. Ainda não decorou as letras todas, tem medo. São demasiado reais e próximas. Gosta muito. Tem medo.
Depois de ouvir uma vez tira o cd do leitor. Coloca-o na caixa. Coloca a caixa na gaveta e fecha-a. À chave.
Amanhã fará o mesmo. E no dia a seguir. E no outro.
Quando fôr o dia do concerto já saberá as letras, os acordes, tudo na ponta da língua. Quando fôr esse dia gostará ainda mais e já não terá medo.
Jura!

segunda-feira, março 06, 2006

Nestes dias de sol apetece-lhe trabalhar mais. Ainda mais? Sim, ainda mais! Estar fechado num escritório com vista para uma parede não é das melhores coisas, mas ele gosta. O Sol desperta-lhe os sentidos e pensa melhor. Sonha melhor. Voa mais. Tudo para si.
Escreve melhor. Escolhe os destinos das suas personagens com mais cuidado. Envieza estórias, troca vidas aparentemente normais... todas as que ele vive. Só ele e só para ele.
Sonha, um dia, poder viver como as suas criaturas inventadas. Esse dia chegará quando conseguir publicar um livro e ser famoso, ganhar algum dinheiro e desaparecer do seu escritório com vista para a parede.
Será que esse dia vai chegar?...

quinta-feira, março 02, 2006

Às vezes, um elogio, mesmo sem qualquer validade ou consequência pode ser muito regenerador. A esperança pode vir de sítios inesperados...