Demasiada utilização da primeira pessoa do singular determina egoísmo. Devia ter calculado desde o início. Agora, o teclado parecia rodopiar debaixo dos meus dedos e já não conseguia encontrar as palavras para escrever o poema que lhe tinha prometido. Ela esperava, impaciente, sentada na cadeira ao meu lado como se escrever fosse um acto mecanizado. Sentia-me observado, a sobrancelha subida e arqueada, as minhas mãos a indiciar uma humidade nervosa, a vontade de voltar com o tempo atrás e munca ter engatado esta desequilibrada!
Não podia. Afinal, a noite tinha sido quente e as próximas prometiam ainda mais exercício físico ao estilo ginástica acrobática... vendia-me por sexo? Não passava de um... um Homem, que raio!
5 minutos depois, o poema estava escrito. 10 minutos depois... e depois, fumámos tranquilamente mais um cigarro!
4 Comments:
Os homens, a avaliar pelo que me tem constado são mesmo assim... Mas não se vendem apenas por sexo. É preciso mais que isso para os comprar. Digo eu que nada entendo de homens. Pelo menos nada mais do que os mesmos me deixam entender. Quanto a obrigações... quantas vezes as mesmas nos levam a atingir o que não achamos nunca que conseguiriamos pelos nossos próprios e solitários passos... Acorde meu amigo. As obrigações nem sempre são más...
Querida S.!
Curiosa e inédita descrição de uma noite de amor.
Beijinhos
escrever é um fingimento, já dizia Pessoa... qto aos interesse ou intenções associadas, bem estão sempre lá.
todos nos vendemos por alguma coisa. uns chamam lhe amor. outros chamam lhe sexo.
os últimos ficam apenas o dinheiro.
n julgo ninguém pela preferencia.
escrever é um fingimento, já dizia Pessoa... qto aos interesse ou intenções associadas, bem estão sempre lá.
todos nos vendemos por alguma coisa. uns chamam lhe amor. outros chamam lhe sexo.
os últimos ficam apenas o dinheiro.
n julgo ninguém pela preferencia.
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