Não sei bem que horas eram. Talvez umas sete da manhã. Ouvi um ruído estranho e fiquei quieto debaixo das mantas à espera que passasse. Não queria vê-la assim. Provavelmente, caiu no corredor... Chegava cada vez mais tarde e mais embrigada. Cada dia mais só e mais triste. E ela era minha e eu não a queria abandonar. Mas também não a queria ter assim. Só me mandava calar e ir-me embora. Eu não ia. Não vou. Finjo, quase sempre, que estou a dormir quando ela abre a porta do meu quarto para verificar se ainda estou. Depois fecha-a com um estrondo enorme e vai-se embora. Todos os dias assim. Há 2 anos.
Quem aguentará mais?
1 Comments:
E aqui se patenteia mais uma vez o teu talento em escrever histórias em bilhetes do autocarro.
És muito forreta, não és?
ah ah ah
Beijinhos
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